“Modi ki bu txoma?”, não compreendeu? Eu disse, “como você se chama?”, em criolo, linguagem nativa dos moradores da Ilha de Santiago, Cabo Verde, África Ocidental. Respondendo a pergunta anterior, o meu nome é Samuel Costa, sou discípulo da Comunidade de Aliança e jornalista.
Nos próximos dez dias vou trazer você comigo para outro continente, apresentando os detalhes da expedição missionária do Programa de Voluntariado Shalom nesta ilha. Ao todo, 15 missionários e voluntários do Brasil chegaram no dia 1º de dezembro no solo africano e ficarão até o dia 12, exercendo diversas atividades sociais e de evangelização em favor da sociedade caboverdiana.
Saúde, trabalhos com crianças e evangelização
Médicos, enfermeiros, estudantes de medicina, dentistas e profissionais da área da educação, formam o time que veio participar dessa expedição. Os próprios moradores da Ilha estão acolhendo os voluntários em suas casas, eles foram divididos em duplas para essa hospedagem. Para exercer as atividades voluntárias os membros da expedição foram separados em três “ekipas” (“equipes” em criolo): Saúde, trabalhos com crianças e evangelização porta a porta.
No período da manhã os voluntários realizam sua oração pessoal e comunitária por duas horas, em sequência, já cheios do espírito, levam o evangelho vivo para o povo realizando as tarefas citadas acima. Os trabalhos acontecem nas diversas “zonas” (“bairro” em criolo) mais periféricas do país.
A título de curiosidade vamos para mais algumas informações interessantes nesta primeira matéria: A missão da Comunidade Católica Shalom em Cabo Verde foi fundada no dia 6 de agosto de 2016 e é composta por 6 missionários da Comunidade de Vida e uma Aliança Missionária.
Herança passada de pai para filho
Segundo o morador da ilha, Danilson Brito, como o país não é rico em ouro, prata, ou no segmento industrial, a principal motivação e herança passada de pai para filho é a educação e a religião. “As crianças ingressam na catequese aos 6 anos de idade, aos 8 realizam sua primeira comunhão e continuam na catequese até os 16 anos, quando passam por mais um ano de aprendizagem e recebem o sacramento do Crisma”, relata o morador.
Por Samuel Costa