Santa Gianna Beretta Molla deixou diferentes tipos de escritos: cartas endereçadas ao marido Pietro Molla, outras escritas aos parentes e amigos, pregações, propósitos e orações. Algumas destas anotações são encontradas em cadernos e folhas soltas e foram escritas no período de março de 1938 a 1955.
Estes escritos foram recolhidos somente depois da morte da santa a pedido do Padre Bernardino de Sena, responsável pela causa de beatificação. Ele fez o pedido de se procurar com máxima diligência o que ela tinha escrito para amigos, parentes e para o marido.
O acervo
Foram encontrados vários escritos de Santa Gianna Beretta como cartas, bilhetes, cartões postais, cartas ao marido e a pessoas conhecidas. Além de 26 folhas de anotações de retiros espirituais, uma coleta de 165 cartas e de 194 folhas de anotações sobre suas conferências.
- De 15 de julho de 1936 Postscriptum de Gianna em um cartão postal que sua mãe enviava ao irmão em serviço militar.
- Em Março de 1962 bilhete endereçado a Madre Emma Ciserani, Canossiana, professora de uma escola para criança em Magenta, de mais ou menos um mês antes de sua morte.
- Cartas ao marido são 73 que do período de fevereiro de 1955 a fevereiro de 1961.
-11 cartas são do período de noivado
-24 nos primeiros anos de matrimonio de 14 de dezembro de 1955 a 21 de julho de 1958.
-Do período que Pietro estava nos EUA ( 26 de abril a 17 de junho de 1959), foram 52 dias de viagem e Gianna escreve 31 cartas
- 7 bilhetes escritos entre o verão de 1960 e fevereiro de 1961. Nesse período ela estava com os três filhos na Ação Católica e o marido viajava menos.
Escritos
Aqui veremos uma das “conferências”, ou o que chamamos de pregações que fazia para as jovens e adolescentes da ação católica São Vicente.
Veremos na íntegra uma dessas anotações feitas por Santa Gianna, um tema a ela muito caro: Amor e sacrifício.
A CARIDADE É SACRIFÍCIO
“Se alguém quiser ser meu discípulo, tome minha cruz e siga-me.”
Amor e sacrifício são intimamente ligados como o sol e a luz. Não se pode amar sem sofrer e sofrer sem amar. Olhem para as mães que verdadeiramente amam seus filhinhos, quantos sacrifícios fazem. Estão prontas para tudo, até a dar o próprio sangue para que as suas crianças cresçam bem, sadias e robustas! E Jesus não morreu na cruz por nós!? É com o sangue do sacrifício que se afirma e confirma o amor.
Quando Jesus na santa comunhão, nos mostra o seu coração ferido, como dizer que o amamos se não fazemos sacrifícios para unir-se aos seus, oferecer-lhes assim para salvar almas? E qual a melhor maneira para praticar o sacrifício? A melhor maneira consiste no aceitar (adorar) a vontade de Deus todos os dias, nas pequenas coisas que nos faz sofrer, dizer para tudo o que nos acontece: “Fiat , a tua vontade Senhor!” E repetir isso 100 vezes ao dia.
Grandes penitências não consiste só em carregar o cilício, jejuar e fazer vigílias, dormir em uma mesa, não é só isso que fazem santas as almas, mas o verdadeiro sacrifício é aquele de aceitar a cruz que Deus nos manda, com amor, alegria e renúncia. Uma doença crônica, por exemplo a artrite aguda e deformante impõe ao doente uma vida de penitência mais austera que aquela dos trapistas.
Uma mãe ou uma esposa que carrega no coração as 7 espadas das dores morais, seja ela a cruz de uma saúde fraca ou da pobreza em uma família numerosa. Oh ! essa mulher é uma mártir, uma santa, sem nenhum cilício: se ela sabe amar como se pode amar!
Santa Teresinha um exemplo
Um dia, santa Teresinha do Menino Jesus quis fazer um retiro. Planeja grandes penitências, mas adoece e se transforma em fumaça o seu belo plano de mortificação. A febre lhe tira o poder de meditar. Ela se lamenta com nosso Senhor que lhe responde: você preparou o teu cilício, mas eu te preparei um eu mesmo, você queria dar-me a tua pequena disciplina, mas ao contrário eu te darei a minha.
Queremos amar verdadeiramente Deus com todas as nossas forças. Amemos a cruz e recordemos que não estamos só, a carregá-la, mas temos Jesus que nos ajuda. Nele que nos conforta, como diz São Paulo, tudo podemos.
Conclusão
Aperfeiçoemos em nós a caridade aumentando na nossa alma a graça. E a fonte seja a Eucaristia, o sacramento do amor. Aperfeiçoemos em nós a caridade dizendo ao Pai nosso que está no céu, o que Jesus disse quando aceitou o cálice amargo da paixão: Pai, se este cálice não pode afastar-se sem que eu o beba, seja feita a tua vontade.
Difundir a caridade.
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